Os esportes eletrônicos (ou eSports) podem ser definidos basicamente como jogos de videogames competitivos para amadores e, cada vez mais, para profissionais. Eles revolucionaram o mercado e já possuem milhares de adeptos espalhados por todo o mundo.
De acordo com algumas sociedades esportivas mundiais, os eSports são classificados como uma modalidade mental ao invés de um esporte propriamente dito, mas essa é uma discussão contínua em evolução em todo o planeta. O consenso que existe é o de que a categoria já é tratada como um esporte, já que seu universo envolve de alguma forma a competição, está sendo explorado por clubes em todo o planeta e também sendo usado como uma nova maneira de engajar o público jovem.
E não poderia ser diferente no Brasil. Os esportes eletrônicos, juntamente com os jogos de casino online, são uma das inovações digitais de crescimento mais rápido entre os jovens e já possui uma enorme geração de fãs. Os times de futebol já perceberam isso e começaram a abraçar a novidade.
Evolução dos eSports no Brasil
Com a popularização dos esportes eletrônicos, os clubes enxergaram um enorme potencial na modalidade e começaram a investir forte no setor. Futebol e videogames são elos de diferentes mundos, mas juntos podem cruzar barreiras por meio da disputa e do amor pelo jogo.
Existem alguns exemplos que explicam o aumento da fama dos eSports no Brasil. O Flamengo lançou sua divisão em 2017. Primeiramente anunciou um time de League of Legends e um centro de treinamento dedicado ao jogo. Além de ‘LOL’ ser considerado o maior game da categoria, é fato que a marca Flamengo contribuiu muito para um grande público na decisão do campeonato nacional, já que o Rubro-Negro carioca possui a maior torcida do país.
Seguindo o exemplo de agremiações de todo o mundo como Paris Saint Germain, Mônaco, Valência e diversos times europeus, alguns outros clubes do futebol brasileiro também já possuem formações de eSports. Além do Flamengo e do Corinthians, Santos, Cruzeiro, Atlético-PR, Remo e Avaí viram boas possibilidades de fazer crescer suas respectivas marcas no setor investindo no esporte eletrônico. Ao iniciar essas parcerias e criar suas próprias divisões, está claro que as equipes do futebol nacional estão buscando aumentar os fundos de participação na modalidade para conseguir tirar algum lucro disso.
A paixão por jogos trouxe altos níveis de popularidade ao streaming e as entidades esportivas estão de olho nesse fenômeno. Segundo dados da plataforma Twitch, os brasileiros já consomem mais de 800 milhões de horas de games online por ano e representam quase metade da audiência na América Latina. Além disso, o país é o 3º maior mercado de esportes eletrônicos do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da China, segundo dados divulgados por especialistas. Todas essas estatísticas confirmam que o futebol brasileiro, cada vez mais, está garantindo sua fatia nessa indústria em expansão.
Vários indícios mostram que o futuro dos esportes eletrônicos é muito promissor. A atividade comercial no Brasil é abundante, visto que, principalmente, os clubes, marcas e emissoras de televisão atuam para aproveitar o potencial latente desse universo que deixou de ser visto como apenas uma mera diversão. Acompanhando o fenômeno mundial, o país tem se mostrado cada vez mais facilitador dos eSports em suas diversas modalidades.
Além disso, o Brasil deu origem a muitas equipes de sucesso global e fortes influenciadores locais. Diversos times internacionais de primeira linha têm jogadores brasileiros altamente qualificados em seu plantel, especialmente no Counter Strike: Global Offensive (CS:GO), outro dos jogos preferidos do público. Esses jogadores nacionais têm centenas de milhares de seguidores nas redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter) e as emissoras brasileiras digitais estão acumulando milhões de horas de exibição online com eles. Como resultado, patrocinadores e marcas discutem e abraçam as oportunidades em potencial e tentam entender a dinâmica diferente desse novo esporte.